quarta-feira, 22 de junho de 2011

O que muda no FC Porto? Nada...

A saída de Villas-Boas para o Chelsea causou a maior das turbulências clubísticas do defeso. A poucos dias do inicio da nova temporada, o treinador resolveu aproveitar a oportunidade que o presidente do Chelsea lhe deu e vai para Inglaterra.
Pinto da Costa "levou uma enorme estalada". Passava-lhe pela cabeça que Villas-Boas saísse mas nunca nesta fase. Há pouco tempo para recuperar do choque, as soluções para encontrar treinadores são nesta altura diminutas e o próprio balneário fica orfão do homem que levou o clube a conquistar quatro títulos numa só temporada.
O incómodo é público, Pinto da Costa foi apanhado de "calças na mão" mas tem uma capacidade única no futebol português de se recuperar. Olhou à volta e não viu soluções para substituir Villas-Boas, olhou para o lado e encontrou Vitor Pereira.
Dirá o presidente portista que a foi a primeira e única escolha - não podemos saber. O que dá para perceber é que no primeiro minuto com o novo treinador ao lado lhe deu confiança, ampáro e uma estrutura  que não sabe trabalhar mal.
Vitor Pereira não será o ideal mas no Porto arrisca-se a ganhar.
Agora pergunto-me: se isto acontecesse em Benfica ou Sporting o problema não teria consequências muito mais graves?
Acho que sim....

Como é que se Esquece Alguém que se Ama? (Esteves Cardoso)

Este é só mais um texto do genial Miguel Esteves Cardoso que aqui partilho com a rapaziada.

Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?


As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.

É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.

Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.

Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.

O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.



Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

No court, no balneário e até no avião!

Flavia Pennetta, número dez do ranking do ténis feminino mundial, fez furor na entrevista ao jornal “La Gazetta dello Sport”. Sem pudores, a tenista fala de drogas e sexo no circuito internacional de ténis.



Flavia revelou que considera Tommy Haas o tenista mais bonito, mas se tivesse que escolher alguém para uma “escapadela”, o felizardo seria Marat Safin.

Flavia Pennetta, de 27 anos, já namorou com o espanhol Carlos Moyá, confessando que chegaram a fazer sexo durante os torneios, inclusive em vestiários e casas-de-banho de aviões durante as competições. A tenista fala também sobre a homossexualidade, que no mundo do ténis parece ser bastante banal, embora confesse nunca ter sido assediada por uma colega.

A tenista, que desfilou na semana da moda de Milão, garante que de momento está solteira mas que recentemente foi assediada por um tenista brasileiro, embora lhe tenha dado uma nega.

Quanto ao uso de drogas e casos de doping no desporto, Pennetta garante que nunca experimentou mas afirma que conhece alguns colegas que o fazem por divertimento.

in ionline
Flavia Pennetta, o ténis dentro e fora do rectângulo....

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O estranho caso de «Benjamin Pereira Gomes»



Esta podia ser a história invulgar de um homem que nasce com 80 anos e regride na sua idade e na inteligência; um homem que, como qualquer um de nós, é incapaz de parar o tempo, de olhar para o tempo e de largar o espelho. Durante a sua invulgar viagem, conhecemos as pessoas e os lugares que «Benjamin Pereira» descobre ao longo do seu caminho, dos seus amores, dos seus ódios, alegrias da vida e da tristeza da morte, e daquilo que dura para além do tempo das «nomeações», ou de uma qualquer arbitragem travestida disso mesmo.

Diz o nosso dicionário que gozo é:

1. acto de gozar; uso e fruição; utilização de uma coisa, cujos frutos se recebem
2. satisfação material ou espiritual; prazer; fruição
3. motivo de divertimento
4. troça

Diz o nosso dicionário que incompetência é:

1. falta de competência
2. falta de aptidão e de conhecimentos necessários; ausência de qualificação; inabilidade
3. incapacidade para desempenhar convenientemente uma tarefa ou um cargo
4. DIREITO falta de competência ou de jurisdição
5. ausência de conhecimentos; ignorância

Dizemos todos que estamos fartos deste filme, tirem-no das salas de cinema, por favor....

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ninguém perdeu?

Sócrates venceu e festejou, é claro como a água! Ferreira Leite falou (cedo demais) e assumiu a derrota. Louçã festejou a duplicação do número de mandatos mas esqueceu-se de dizer que falhou os objectivos traçados para estas eleições - os dez por cento e a subida a terceira força política nacional. O CDS/PP elegeu 21 deputados, número muito acima das sondagens. A CDU ganhou um deputado mas passou a quinta força política.
José Socrates ganhou as eleições, é reeleito primeiro-ministro, perde a maioria absoluta, vinte e quatro deputados e meio milhão de votos.
Manuela Ferreira Leite perde as eleições para Sócrates mas supera os números de Santana Lopes - ganha seis deputados.
O Bloco reclama para si a maior vitória destas eleições mas não ganha o protagonismo que pretendia na vida política nacional. Esse papel fica para o PP de Paulo Portas que consegue a melhor votação do partido nos últimos vinte seis anos, e perfila-se como a força que pode segurar e/ou fortalecer o novo governo minoritário (ou até maioritário) de José Sócrates.
Não ganharam todos e perderam alguns... Tenho dito!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Até agora só sei em quem não votar, só me falta saber em quem vou votar!



Confesso que sigo com redobrada atenção a campanha eleitoral para as legislativas. Pela primeira vez li as propostas dos principais partidos, cheguei a elogiar entre amigos a discussão partidária. Houve debate de ideias durante os três primeiros dias.
Depois disso desapareceu o esclarecimento e começaram as histórias, umas mais ou menos interessantes, dentro daquilo que é o interesse público que leva os jornalista a elegê-las como notícias.
Acabou a discussão começou o desespero!!! Cada um luta como pode, o pior é que em algumas dessas "guerras" são ultilizados e instrumentalizados alguns orgãos de comunicação social. Pela primeira vez desde que sou "grande" apercebi-me da tendência de alguns jornais para se desacaírem para cada um dos lados da barricada (para os dois únicos partidos que podem eleger um primeiro-ministro). É como no jornalismo especializado em desporto. Temos um jornal com ligações quase umbilicais ao Benfica, outro que para cativar o segundo maior nicho de mercado se cola ao Sporting, e outro que por razões de estratégia regional se liga ao FC Porto. Se concordo? Não, mas estes pelo menos assumem-se de uma forma mais ou menos clara que poucas dúvidas deixa ao leitor.
Nos diários generalistas a tendência é nova. Basta olhar para a manchete e para a fotografia de capa, não é preciso sequer folhear para se perceber de que lado estão.
Em quem vou votar? Não sei, mas vou!
Que jornal diário hei-de comprar a partir daqui? Nenhum....

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A rádio ainda é rainha....

Helder Conduto, Pedro Sousa, Nuno Matos e Paulo Cintrão, quatro vozes de três rádios diferentes.
Com a rádio a bola é mais bonita....



in sic